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domingo, 8 de maio de 2011

MITSUOKA o sonho real do JAPÂO


Distinguir-se com um carro diferente custa caro. Alguns  arriscam-se em hatchs de imagem como Smart, Mini, 500 e Soul. Outros, no extremo oposto, adoram Carochas, Opala e Dodge. Porém, tem gente que não vê diferença nos carros actuais e querem uma distinção ainda maior, sem abrir mão da modernidade. Para eles existem empresas como a Mitsuoka. Fundada em Fevereiro de 1968 em Toyama, no Japão, por Susumu Mitsuoka.  A empresa começou os negócios em oficinas de reparação como a Mitsuoka Jidousya Kogyo. Dois anos depois o Sr. Susumu abriu uma loja de carros novos e em 1979 criou a Mitsuoka Motor Co., Ltd., direcionada à fabricação de minicarros de 50 cc, alguns deles voltados a deficientes físicos.
O Mitsuoka 50

Com o nome de Bubu, eles recebiam os códigos 501, 502 (ambos com três rodas), 503 e Shuttle-50. Ávido entusiasta de clássicos, o jovem empresário mais tarde projectou e fabricou pequenas réplicas de Mercedes-Benz SSK, Porsche 356 e MG TD. E os carrinhos não eram restritos à garotada, pois serviam para locomoção diária e até leves brincadeiras de adultos.
Em 1987 inaugurou a Mitsuoka Motor America, Inc., importadora de carros americanos. Entretanto, o sonho daquele senhor ia além. Ele queria fazer réplicas em tamanho real sem abrir mão da evolução dos carros de então (fora-de-séries não atenderiam seu desejo). Foi aí que ele teve a ideia de personalizar modelos de produção para dar uma cara mais exclusiva e requintada a eles.
O Mitsuoka Galue baseado no Nissan Crew
Dos clássicos ingleses — sobretudo o Jaguar — surgiu a inspiração. Grelha  minuciosa completamente cromada com frisos verticais e faróis circulares são itens básicos. Alguns modelos ganham, ainda, capô longo e delgado, elegantes para-lamas e rodas raiadas. A parte traseira também recebe os mesmos motivos ingleses. As lanternas diminutas são incrustadas em porta-malas de estilo caído e curvilíneo. A presença de para-choques externos cromados é indispensável.
Apesar de a seção central ser sempre de um carro moderno, os designers escolhem modelos que combinam bem com o estilo neoclássico ou fazem mudanças mais extensas. A predilecção é por Nissan. Diferente dos modelos concorrentes, o resultado pode até ser considerado harmônico; algumas versões parecem ter saído por completo das pranchetas da Mitsuoka.
O Ryoga 

Esse tipo de mudança é apreciado pelos japoneses. Os clientes são senhores e senhoras que desejam um veículo charmoso ou querem fugir do enfadonho estilo nipónico. São pessoas que jamais abrem mão da mecânica confiável, do espaço interno e da segurança presentes nos carros actuais. O Nissan Silvia (da geração S13) serviu de base para o Le-Seyde, apresentado em 1990. O desportivo da Nissan tinha o eixo dianteiro deslocado para frente, de modo a aumentar o tamanho da secção dianteira. Esta parte era amplamente revista: o cofre do motor (que guardava um quatro-cilindros de dois litros e 160 hp) cedia lugar a uma porção construída em fibra-de-vidro (material amplamente utilizado pela empresa). O capô ficava mais comprido e estreito para ceder espaço aos volumosos pára-lamas e aos estepes, onipresentes nos carros de luxo do passado; a tradicional grade era decorada por buzinas e faróis e o pára-choques, composto por duas barras cromadas, ficava bem à frente. O tecto recebia um prolongamento e a traseira, completamente nova, recebia lanternas circulares. O comprimento total ficava em 5,23 metros.
O luxuoso Le-Seyde
Muito vistoso por fora, no interior entregava madeira e couro de qualidade numa aparência contemporânea, já que todos os painéis originais eram preservados. Apesar do grande comprimento, conforto mesmo só para dois. O sucesso foi tão grande que os 500 modelos foram reservados em apenas quatro dias. A segunda geração foi lançada dez anos depois sobre o Silvia S15. Porém, o fim deste Nissan em 2002 levou o Le-Seyde à história. O mais carismático de todos é o Viewt, um mini-sedã com ar de Jaguar Mark II. Os traços do Nissan Micra caíram tão bem que parece um Jaguarzinho de verdade. As compradoras  adoravam-no pela elegância e por ser prático (afinal, ele era, originalmente, um bom hatch moderno). A frente tinha linhas mais suaves e os faróis eram embutidos. Abaixo deles havia duas entradas de ar circulares que remetiam aos faróis auxiliares do sedan inglês. Na traseira era enxertado um terceiro volume e a quinta porta dava lugar a um minúsculo vigia oval e a uma tampa de porta-malas. No interior original havia, opcionalmente, couro e apliques de madeira. Os motores permaneciam os mesmos (1,0 e 1,3 litro para a geração K11 e 1,2, 1,4 e 1,5 para a K12) e o câmbio era, preferencialmente, automático. Havia até opção por tracção integral. Actualmente o catálogo de personalizados tem muitas opções: Galue-III (baseado no Nissan Fuga), Galue-204 e Nouera (Toyota Corolla e Fielder, respectivamente), Galue Convertible (Ford Mustang), Nouera (Honda Accord), Like (Mitsubishi i-MEV, elétrico) e Cute (Nissan Micra hatch).
O Viwet inspirado no Jaguar
Mesmo que tenha o comportamento prejudicado pela maior distância  entre-eixos e pelo acréscimo de peso (185 kg), o Himiko é um roadster interessante para estradas rectas ou um passeio pela cidade. Clássico por fora, mantém as suspensões independentes e o motor 2,0-litros de 170 cavalos com caixa automática ou manual de seis velocidades. A velocidade máxima é de 215 km/h e o 0-a-100 é feito em 8 segundos. Como no Mazda, oferece capota de lona ou rígida, ambas com acionamento elétrico.
O Himiko 
Também há opções para os mais velhos  e os ecologistas. A Corolla Fielder  transforma-se  em Nouera e o Mitsubishi i-MEV em Like. A velhota  não esconde o facto de ser adaptação: mantém as calotas e a traseira originais, diferente do Galue 204, feito sob o Corolla sedan. Contudo, nem só de adaptações vive a empresa. As réplicas de grandes clássicos foram construídas para aqueles que gostam de conduzir. O Zero (1994-2000) deu à empresa o aval de fabricante de automóveis ― mais de trinta anos depois da Honda, até então a última fabricante japonesa.
O ZERO
Desafiado pela esposa, o Sr. Susumu resolveu provar sua competência e produzir seu próprio desportivo. O Orochi (serpente de oito cabeças) foi mostrado em 2001 no Salão de Tóquio e lançado cinco anos depois. O estilo, que lembra um peixe, é bastante peculiar. O charme presente nas linhas de Aoki é incomum em modelos do gênero. E, apesar da aparência, ele não é um super desportivo.
O OROCHI 
Feito sob a plataforma do Honda NSX, ele guarda um V6 de origem Toyota com 233 cavalos atrás dos assentos. É um coupet  chamativo projectado para viajar tranquilamente com muito conforto, como um bom GT europeu. Motorista e passageiro desfrutam de um interior aconchegante coberto de camurça e couro. A potência não é das piores e possibilita alguma diversão, apesar do câmbio automático. Nude é a versão sem capota e a espera para se ter um pode chegar a seis meses.E a Mitsuoka tem mais. Para quem deseja montar seu próprio veículo há os microcarros individuais, vendidos desmontados em kits, pensados para “aproximar pais e filhos e aumentar o diálogo entre eles”, segundo o presidente da empresa, Akio Mitsuoka (irmão do fundador que o substituiu em 2004). Há um roadster, um caminhãozinho e um elétrico. O motor dois-tempos monocilíndrico de 50 cm³ está incluído  nas versões a gasolina e é fabricado pela subsidiária Hokkaido Bubu Co., Ltd.
Messerschmitt KR200 japonês









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